Olimpíada de Filosofia do RS - Edição 2019 - Etapa Regional de Caxias do Sul

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

CURSO DE FILOSOFIA

Olimpíada de Filosofia 
Edição 2019

“Felicidade: busca pessoal ou construção coletiva?”


Dia 24 de outubro de 2019
Universidade de Caxias do Sul - Auditório do Blocos E e H




A Olimpíada de Filosofia

Olimpíada de Filosofia do RS consiste na realização de atividades didáticas de caráter filosófico, a partir de um tema geral, definido a cada ano, e destina-se a professores e estudantes do Ensino Médio e do Fundamental II, preferencialmente. A Olimpíada de Filosofia é cooperativa e colaborativa, não competitiva.
Tais atividades didáticas, inicialmente desenvolvidas nas escolas durante o ano letivo, são coordenadas, livre e criativamente, a partir do tema e dos subtemas da Olimpíada, pelos educadores inscritos, seja em turmas regulares, seja na modalidade de projetos ou, ainda, de forma interdisciplinar.
Tais ações pedagógicas nas escolas, denominadas atividades pré-olímpicas, são preparatórias para a realização da Olimpíada de Filosofia, a qual consiste em um evento único no qual os participantes poderão interagir e aprender juntos a partir de atividades de cooperação investigativa.

O Curso de Filosofia da UCS e a Olimpíada de Filosofia
Ao lado de outras instituições de ensino superior, a UCS foi pioneira do movimento Olimpíada de Filosofia no Brasil. A primeira edição foi promovida em 2008 e sediada na PUC-RS, em Porto Alegre. A partir de 2010 passou-se a oferecer anualmente uma edição local da Olimpíada de Filosofia em Caxias do Sul, sempre sediada na UCS e coordenada pelo Curso de Filosofia, com a finalidade de atender escolas da região da serra gaúcha.
A edição 2019 da Olimpíada de Filosofia contará com uma equipe de estudantes do Curso de Filosofia da UCS vinculados ao PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) e ao Estágio em Filosofia. A coordenação das atividades está a cargo dos professores responsáveis pelo PIBID e Estágio, juntamente com a coordenação do Curso de Filosofia.

Programação:
·         8h - Acolhimento aos estudantes das escolas inscritas (hall do Bloco H).
·         8h30 - Abertura solene da Olimpíada de Filosofia (auditório do Bloco H).
·         9h - Oficinas filosóficas (salas de aula do bloco E).
·         9h50 - Intervalo.
·         10h10  - Oficinas filosóficas (salas de aula do bloco E).
·         11h - Atividade de socialização dos trabalhos desenvolvidos nas oficinas (auditório do Bloco H).
·         11h30 - Encerramento.

Comissão organizadora:
Coordenação geral: Prof. Dr. Luis Fernando Biasoli e Prof. Dr. Vanderlei Carbonara
Equipe:
Ailson Fonseca de Chaves, Caroline Franchesca Silva de Lima, Deborah Elisabth da Cunha, Gabriel Andreghetti, Gabriel Maximiliano Karolczak Sosa, Jéssica Machado Boeira, Lucas Gelati, Lucas Sartor Fachinelli, Marlon Ditadi Gonçalves, Mateus da Silva Maciel, Mateus Lawrenz, Mayara de Oliveira, Taciano Rancan, Vânia Ermelinda Graci, Claudiane Beatriz Ely, Taís Baldasso, Laura Deves Alves, Daniela Depelegrin, Amanda Nubia da Silva, Maria Zilda de Oliveira Valim.. 

Contato para esclarecimentos e inscriçõesucsolimpfil@gmail.com
Portal de divulgação da Olimpíada de Filosofia: filescola.blogspot.com 

Orientações para inscrições de escolas participantes:

  • A participação de estudantes na Olimpíada de Filosofia será sempre mediante inscrição institucional de escola de Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio.
  • Poderão participar da Olimpíada da Filosofia estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental (7º a 9º ano) e estudantes do Ensino Médio.
  • Recomenda-se que sejam inscritos até 20 estudantes por escola. O critério de seleção de estudantes poderá ser definido por cada escola.
  • Solicita-se que o responsável pedagógico (membro da equipe diretiva ou professor de filosofia) designado pela escola faça a inscrição de seus estudantes informando, pelo e-mail ucsolimpfil@gmail.com a previsão de número de alunos e, posteriormente, lista nominal de participantes.
  • Prazos: até o dia 16 de outubro solicita-se que sejam feitas as manifestações de interesse em participação da Olimpíada de Filosofia, indicando-se o número de estudantes que se pretende inscrever. A coordenação da Olimpíada dará retorno breve indicando a disponibilidade de atender a escola e confirmará o processo de inscrição. Até o dia 21 de outubro será necessário enviar a lista nominal dos estudantes que participarão da Olimpíada de Filosofia.
  • A participação dos estudantes no evento estará condicionada à presença de um professor responsável designado pela escola.

Veja a seguir a relação de oficinas que serão realizadas durante a Olimpíada de Filosofia 2019

Sobre as oficinas: cada escola participante deverá previamente fazer a distribuição dos seus estudantes no conjunto das oficinas abaixo listadas, observando o critério de equitatividade no número de inscritos. Ao todo são 9 oficinas previstas. Assim, para uma escola que tenha 20 estudantes inscritos, pede-se que haja uma distribuição prévia de modo a que em nenhuma das 9 oficinas haja menos do que 2 estudantes inscritos e não mais do que 3. Observe-se que cada oficina indica também sugestões de materiais de apoio. Esses materiais não se destinam a etapas de preparação à Olimpíada, mas constituem estímulo à reflexão filosófica que poderá ser potencializada por cada estudante, quer seja antes da Olimpíada, quer seja após o evento. Essa listagem também se destina aos professores de filosofia, que poderão dispor dessas sugestões para, à medida que assim entenderem pertinente, articular a temática da Olimpíada às suas aulas que antecedam e/ou sucedam a Olimpíada.


Oficina 1
Título: Felicidade na Era Digital

Oficineiros: Lucas Gelati e Marlon Ditadi Gonçalves

Ementa: Nestes últimos anos, o ser humano está cada vez mais conectado com a tecnologia. Celulares, Computadores e diversos equipamentos eletrônicos entraram em nossas vidas, e hoje parecem tão essenciais quanto o ar que respiramos. Ficar longe de nossos celulares chega a nos deixar tristes. Como, então, a era digital afeta nossa concepção de felicidade? Será que estamos confundindo reconhecimento com felicidade?

Sugestão de material de apoio: Sociedade da transparência, por Byung-Chul Han


Oficina 2
Título: A felicidade é uma explosão

Oficineiros: Mateus Maciel e Mateus Lawrenz

Ementa: São mais de 2500 anos de pensamento filosófico, e ainda hoje temos que pensar o que realmente é ser feliz. Onde afinal habita a felicidade? Nas boas ações dos homens? Será ela um presente divino? Está na nossa satisfação plena ou na abdicação de nossos desejos? Será ela egocêntrica? Ou ainda, podemos encontrá-la junto ao pessimismo da vida? Muitas dúvidas que merecem ser investigadas e repensadas, afinal, quem não quer ser feliz?

Sugestão de material de apoio: DIÁLOGOS com Zygmunt Bauman. Leeds: Telos Empreendimentos Culturais, 2013. P&B. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=in4u3zWwxOM


Oficina 3
Título: Amor Fati: você pode amar e ser feliz com o seu destino?
Oficineiros: Caroline Franchesca Silva de Lima e Vânia Ermelinda Graciano

Ementa: Eventualmente, nem sempre as coisas ocorrem como imaginamos. Contudo, ainda que possamos desejar algo, o destino sempre estará a nossa espreita. Sendo assim, se há um destino, é possível fazer escolhas? E se caso independe de nós, podemos alcançar a felicidade?

Sugestão de material de apoio: EPICTETO. A arte de viver: uma nova de Sharon Lebel; tradução de Maria Luiza Newlands da Silveira. - Rio de Janeiro: Sextante, 2006.

Um guia para a Felicidade: Nietzsche e o Sofrimento por Alain de Botton. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1dQjnrTb3Jc&list=PL-cJLNPZnSV4gKbTxSZOR8wm4jdwAkPx-&index=6


Oficina 4
Título da Oficina: O que é que eu vou fazer com essa tal de felicidade?

Oficineiros: Mayara de Oliveira e Patric Peres de Oliveira

Ementa: Essa tal de felicidade é uma coisa muito legal, pena que ninguém sabe o que é, ou sabem? Nesta oficina, convidamos a olhar as diversas interpretações sobre o que é a felicidade. Um problema que muitas respostas já apareceram, algumas similares ou e outras bem longe disso. Todo esse trabalho para que possamos refletir sobre o que é a tal de felicidade e ao fim sermos tão felizes quanto antes, ou não...

Sugestão de material de apoio: COTRIM, Gilberto. Fundamentos de filosofia/ Gilberto Cotrim, Mirna Fernandes, - 1.ed.- São Paulo: Saraiva, 2010. Cap 1 - A felicidade, 10.

Aranha, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando, Introdução a filosofia/ Maria Lúcia de Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins - 5 ed. São Paulo: Moderna, 2013.

A felicidade é inútil- Clóvis de Barros Filho- Casa do saber, pode ser acessado em: https://www.youtube.com/watch?v=4IMSYDGo6mA

O que nos faz feliz?- Pedro Calabrez- Casa do Saber, pode ser acessado em: https://www.youtube.com/watch?v=bYjvJxZOudU

O que é felicidade?- Clóvis de Barros Filho, pode ser acessado em: https://www.youtube.com/watch?v=48oE7e4uJo8&feature=youtu.be


Oficina 5
Título: Diga-me com quem andas e eu te direi de quem sinto ciúmes

Oficineiros: Lucas Sartor Fachinelli

Ementa: O foco desta oficina é a discussão sobre a relação que o ciúmes tem com o amor verdadeiro, iniciando-se na pergunta: é necessário para que exista a presença do ciúmes? A condução desta atividade se dará através da contação de mitos, discussões e conversas, breves exposições e uma reflexão final sobre a pergunta.

Sugestão de material de apoio: SCRUTON, Roger. Documentário Why Beauty Matters? (Por que a beleza importa?), Londres, 2009. Disponível em: https://youtu.be/bHw4MMEnmpc


Oficina 6
Título: O prazer como caminho para a felicidade


Oficineiros: Deborah Elisabth da Cunha, Jéssica Machado Boeira e Maria Zilda de Oliveira Valim

Ementa: Para o Epicuro, a felicidade é atingida por meio de prazeres moderados. O que são prazeres moderados e como podem influenciar no percurso rumo à felicidade? Em quais perspectivas podemos pensar a felicidade com vistas aos diversos prazeres que temos? Buscando fundamentos e reflexões em Epicuro, filósofo antigo, procuraremos refletir e pensar, a partir de um ponto de vista filosófico, a realidade que em que vivemos hoje.

Sugestão de material de apoio: Carta sobre a felicidade: (a Meneceu) / Epicuro; tradução e apresentação de Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. - São Paulo: Editora UNESP, 2002.

Link de acesso ao texto em PDF: https://fernandonogueiracosta.files.wordpress.com/2015/01/epicuro-carta-sobre-a-felicidade.pdf

Epicuro e a Felicidade. História em Pauta. Alain de Botton. 2012. 23min59s. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KFYr2jvTm98.


Oficina 7
Título: Felicidade dá Trabalho!

Oficineiros: Ailson Chaves, Gabriel Andreghetti, Angélica Ferreira Lemos e Francine E

Ementa: A felicidade é aquilo que sentimos quando não estamos trabalhando? Para ser feliz precisamos fazer tudo que queremos quando queremos? A vida por vezes nos deixa de frente de coisas das quais não podemos fugir. Trabalhar é uma delas, mas será que podemos encontrar felicidade no trabalho. A auto realização é importante nesse processo chamado vida? Nessa oficina vamos tentar responder algumas dessas perguntas e tentar descobrir qual sentido que demãos a vida frente a felicidade.


Oficina 8
Título: O que é necessário para ser feliz?


Oficineiros: Amanda Nubia da Silva, Claudine Beatriz Ely e Taís Baldasso

Ementa: A felicidade se encontra nas coisas que compramos? A felicidade depende do consumo para existir? Observamos, no mundo atual, que cada vez mais o ser humano se baseia nas coisas para alcançar a felicidade, a felicidade vem dependendo das coisas que se tem, nos parece que: quanto mais se tem, mais feliz se é. Nos chama a atenção a quantidade de coisas que compramos para nos sentirmos felizes. Nessa oficina vamos refletir sobre essas perguntas e sobre como o consumo afeta nossa vida e faz com que confundimos felicidade duradoura com mercadorias e marcas que representam status social.

Sugestão de material de apoio:
Livro: LIPOVETSKY, Gilles. Penía: gozos materiais, insatisfação existencial. In: A felicidade paradoxal: ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo. São Paulo: Cia. das Letras, 2007. 402 p. ISBN 9788535910933.

Resumo das principais ideias em notícia: Felicidade não se compra, afirma o filósofo francês Gilles Lipovetsky. GaúchaZH, 2010. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/noticia/2010/10/felicidade-nao-se-compra-afirma-o-filosofo-frances-gilles-lipovetsky-cjpmtuiyj026vvtcn67pxe9ok.html. Acesso em 05 out 2019.

Vídeo: The Story of Stuff Project. História das coisas. 2009. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9GorqroigqM. Acesso em: 05 out. 2019.


Oficina 9
Título: Caça à felicidade

Oficineiros: Alexia Assoni, Angela Sbersi ,Débora Toledo Inda, Laura Deves Alves, Luiza Deves Alves, Gabriel Maximiliano Karolczak Sosa.

Ementa: A felicidade parece brincar com nossos sentimentos. Se faz notar na sociedade constantemente, seja nas peças publicitárias que pretendem nos vender uma ideia de satisfação ao adquirirmos qualquer produto ou serviço, seja nas redes sociais onde o que vale mais é a aparência de boa fortuna. Nossa atividade tem como proposta seguir no encalço deste sentimento, oferecendo aos participantes um ambiente lúdico e reflexivo. Para tanto, nos unimos num esforço interdisciplinar para caçar a felicidade no pensamento filosófico, em diversos períodos históricos e no nosso próprio corpo.

Sugestão de material de apoio: Devido a proposta diversa de nossa oficina, nos parece temerário propor “pistas” para a caçada que sugerimos. Se a busca pela felicidade se dará na “conversa” entre três disciplinas aparentemente distintas, oferecer aos pretensos participantes materiais que anteverão os passos a serem seguidos neste encalço chega a ir contra a nossa proposta de atividade. Neste sentido sugerimos algumas recomendações aos possíveis caçadores, conforme segue:

“Caçadores,
Nossa oficina tem por objetivo ir ao encalço de um sentimento que talvez seja fundamental para a realização de uma vida plena, a felicidade, um estado humano onde a consciência se encontra plenamente satisfeita, alcançando um bem-estar que pode ser individual ou coletivo. Todavia, nosso objetivo não será aprisionar ou mesmo prender, mas buscar e refletir junto a este sentimento. Como toda a empreitada desta natureza, alguns pontos são desejáveis para alcançarmos nosso objetivo. Então, se quiseres nos acompanhar nesta jornada, sugerimos:

a) Utilizar de vestimentas apropriadas, conforme as condições climáticas na ocasião. Geralmente não vamos a uma caçada de salto alto e smoking, por exemplo. Tênis e roupas leves (como abrigo e camiseta) parecem ser o mais adequado, bem como considerar optar por trajes que possam sair sujos (não sabemos o que nos espera nesta jornada);

b) Não se costuma ir a uma missão destas sem um ‘kit’ de suprimentos. Levar itens como água e lanche pode nos ajudar;

c) Geralmente um dos propósitos das caçadas é ter um prêmio. No caso, não pretendemos ‘matar’ e ‘empalhar’ a felicidade, mas capturá-la em nossa experiência sensível e intelectiva. Ao invés do uso de armamentos sugerimos que levem consigo ferramentas para captura de ideias, o que, além de suas memórias, inclui caderno e lápis (ou algo semelhante para anotações). O uso de utensílios de registro, como smartphones, ou mesmo câmeras fotográficas e filmadoras, podem nos render boas recordações;

d) Usaremos, e muito, das trocas para alcançarmos nossa meta. De maneira que é recomendável ter em mente a necessidade da abertura para o ‘outro’. Iremos interagir com movimentos, pensamentos e histórias. Neste cenário a entrega para a parceria é fundamental.

As demais necessidades serão oferecidas pela nossa equipe de ‘guias’, experientes na investigação e cultivo do corpo, da alma e da memória.”

Em um exercício de preparação para a atividade, podemos sugerir o debate sobre o que é a felicidade para cada um dos participantes. Talvez uma conversa, em círculo, onde cada qual possa expor o que esta palavra representa para si, seja a forma de antecipar o que está por vir.

Porém se, mesmo tendo em consideração o exposto, for imprescindível apontar para referências, sugerimos: EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Tradução e apresentação de Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. Editora UNESP, São Paulo, 2002, p. 20-51. Disponível em: . Acesso em out 2019. (Esta é uma versão bilíngue - grego-português. Sugerimos como opção a versão simplificada disponível em )

BALIEIRO, Marcos Ribeiro. Felicidade e formação moral em David Hume. Controvérsia, vol. 8, nº 1, p. 34-45, 2012. Disponível em: . Acesso em out 2019.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Tradução Plínio Dentzien, Zahar, Rio de Janeiro, 2001.

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